Todas as pessoas que usam medicamentos de forma contínua devem ir ao oftalmologista periodicamente e informar ao médico quais são os remédios que estão tomando. Isso porque, muitas vezes, o remédio pode provocar efeitos colaterais nas estruturas do olho.
Estas consequências podem gerar doenças silenciosas, que só manifestam sintomas quando já estão avançadas. Na maioria das vezes é preciso fazer acompanhamento com uma equipe multidisciplinar para que os riscos de consequências danosas à saúde sejam diminuídos.
Dentre os remédios que mais geram problemas oculares estão os corticóides, alguns medicamentos usados para tratar enxaqueca crônica como o Topiramato, a Hidroxiclorocina, entre outros.
E o que estes medicamentos provocam em nossos olhos, sobretudo na retina?
O uso crônico de corticoides, por exemplo, pode potencializar o risco de catarata, glaucoma e alterações retinianas conhecidas como coroidopatia serosa central. No caso do glaucoma, por ser uma doença silenciosa, há o risco, inclusive, de que a pessoa perca a visão.
Em pacientes que usam o Topiramato, por exemplo, uma das principais consequências é o que é chamado de “shift mióptico”, quando a pessoa adquire uma miopia que não existia. Isso pode gerar quadros dramáticos de glaucoma agudo, que devem ser tratados como uma urgência oftalmológica.
Já a hidroxicloroquina, utilizada principalmente no tratamento de doenças reumatológicas, pode haver o acúmulo de substâncias químicas na retina, provenientes do medicamento. Esta intoxicação pode comprometer o metabolismo retiniano e levar à baixa da visão.
Informe sempre o uso de medicamentos ao seu médico oftalmologista e faça os exames solicitados conforme cronograma definido pelo especialista. Este acompanhamento vai fazer com que você previna doenças e tenha uma visão mais saudável.
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